sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Primeiro Console a Gente Nunca Esquece

Por que será que não esquece mesmo?




Este post é parte do meme “O primeiro console a gente nunca esquece”. Se você tem um blog e também deseja participar, basta primeiro criar um post sobre o tema, e depois avisar aqui nos comentários para que eu coloque um link para o seu post na lista de blogs participantes.



Falar do primeiro console de videogame que a gente teve é talvez o mais nostálgico dos assuntos. Coincidentemente nasci no de 1983 e relativamente junto com o Atari 2600, que é esse videogame na foto de abertura do blog, e também o primeiro videogame que tive contato e claro meu primeiro videogame, não obstante o meu era do mesmo modelo daquela foto.


Como todo mundo falava de Atari 2600, e o meu videogame veio em uma caixa escrito Atari 2600, pensei que realmente tinha um Atari 2600. Mas por que PENSARIA que tinha tinha um Atari 2600? A resposta é simples: primeiro porque eu era muito novo, não entendia nada de nada, acreditava em muitas coisas que lia nas revistas, não havia informações comparativas nem nada, e por que todo mundo que conhecia tinha um DACTAR, da minha roda de amigos na época só eu tinha um videogame chamado Atari 2600, os demais DACTAR e um outro, o CAVEIRA tinha um Atari importado, que o tio rico dele enviou para ele dos Estados Unidos.

Vamos congelar aqui nessa parte, do Tio Rico do Caveira, ele é uma peça importante na história do meu Atari...

Claro, antes de ter o meu próprio Atari, eu joguei algumas raras vezes na casa de um amigo que claro, tinha um DACTAR, quando joguei aqueles jogos pela primeira vez, em uma televisão preto e branca, fudida, eu achei o MÁXIMO, demais, eu não sei explicar a sensação de jogar videogame pela primeira vez, é totalmente diferente de uma criança jogar videogame pela primeira vez hoje do que jogar videogame pela primeira vez naquela época, o ano devia ser 1989. Hoje qualquer criança já conhece o videogame, já ouviu falar, tem videogame de todo tipo, computador, etc. Naquela época, NÃO TINHA NADA, o primeiro contato com o videogame foi nesse videogame desse amigo meu, até então eu nunca tinha ouvido sequer falar nesse negócio, o mais próximo de um videogame que passei perto até então foi um jogo de mesa com dados chamado Banco Imobiliário, Ludo ou um Baralho.

Na casa desse amigo joguei muito brevemente o jogo dos Três Porquinhos, Ski, que era muito legal e o lendário ADVENTURE, jogar ADVENTURE era mágico, o jogo era tudo de bom, em uma dessas jogatinas lá consegui matar um monstro com a seta, foi demais, mas estranhamente eu era o único que gostava daquele jogo, o povo preferia RIVER RAID, e foi exatamente o ADVENTURE que veio a se tornar o meu Calcanhar de Aquiles, pois foi um dos jogos de Atari que eu queria jogar enquanto tinha um Atari e não consegui, depois que ganhei meu videogame, nunca mais encontrei o cartucho, só pude jogar de novo anos depois, no computador através de emuladores, nem precisa dizer que a graça não era a mesma.


Abrindo um paralelo aqui, a mesma coisa veio a acontecer com The Legend of Zelda, consegui alugar uma vez, jogar até a exaustão, o jogo era mágico igual o Adventure, alias, era uma melhora muito grande em relação a este, e o destino é mesmo, não consegui o cartucho de novo, cheguei na Dungeon 6 do Zelda, peguei itens, achei de tudo, e inexplicavelmente também travei ali, com muito custo passei a Dungeon 6, mas o jogo acabou ali para mim, rodei todas as telas, e não havia mais o que fazer, e não havia mais tempo, tinha que devolver o jogo para a locadora e tempos depois nunca mais encontrei o cartucho novamente, mas queimar árvores é assunto para outro post.

Voltando ao Atari, por todo tempo que tive meu Atari eu quis jogar Adventure novamente, nunca consegui, na minha cidade teve uma locadora uma vez que alugava cartuchos de Atari, era uma das poucas que tinha Atari, e era bom, essa tinha jogos incomuns, aluguei vários jogos que eu não conhecia, diferente dos meus amigos que tinham pilhas de cartuchos, eu não tinha quase nenhum, alias sempre tive muito poucos, o acesso que tinha aos jogos ou era via locadora ou empréstimo de algum amigo.

Graças a essa locadora conheci alguns jogos diferentes tais como o FANTASTIC VOYAGE que é um jogo que sinceramente NUNCA entendi como que joga, e olha que insisti muito, se você detroí os inimigos você morre, se você não destroí, você morre, se você desvia deles você morre, se você encosta no cenário você morre, se você não encosta, você morre, de repente você joga e não morre, eu não entendi qual que era a do jogo, e ficava encucado porque na revista tinha um detonado dele e eu não conseguia chegar longe e se eu fizesse a mesma coisa toda hora, cada hora o bicho morria em uma parte diferente.


Conheci também o JUNGLE HUNT que apesar de curto, eu gostei muito, era legal esfaquear os jacarés e na hora de passar algo parecido com um chefe tinha um som marcante, pelo menos eu gostava muito.


Outro jogo legal que conheci através das locadoras foi o excelente H.E.R.O.:


H.E.R.O. é um dos joguinhos mais legais para o Atari...


- Claro que é um dos mais legais, o H.E.R.O. voa...



- É por isso mesmo...



O fato do H.E.R.O. voar, colocar dinamite e ainda soltar laser, era demais para um jogo daquela época, só para se ter idéia um jogo com a jogabilidade parecida seria o PITFALL e o personagem do PITFALL só pula... Inexplicavelmente também eu não gostava desses jogos que fizeram maior sucesso, tais como PITFALL, RIVER RAID e ENDURO, e ENDURO foi um dos poucos jogos de videogame que meu pai chegou a jogar com a gente, também eu não conseguia jogar aquilo, ele conseguia os troféus com facilidade.


Mas eu não gostava do Enduro não era pelo fato dele ser um jogo de corrida, talvez até fosse, mas era que nessa época também já tinha alguns arcades legais e cheguei a jogar alguns, incluindo o POLE POSITION:



E ter uma conversão do jogo do Arcade em casa, mesmo sendo muito inferior, era mágico, e acredite, a gente não ligava para isso, jogar de graça o jogo do flipperama compesava qualquer coisa:


E o jogo era legal demais, tinha DUAS marchas, HI e LO, o Enduro não tinha nenhuma, a gente se sentia importante quando sabia usar a marcha certa, e na maioria das vezes corria só no circuito oval porque achava os outros difícieis...


A gente tinha alguns jogos bem legais como o River Raid 2 e o Fire Fighter, esse Fire Fighter foi um dos que eu mais joguei, era muito legal ver o medidor de água diminuir:


Outros jogos marcantes que chegamos a jogar naquela época foram:

SEAQUEST:



CHOPPER COMMAND:


KEYSTONE KAPERS (Polícia e Ladrão, famoso esse):


HOMEM ARANHA, muita gente gostava desse jogo, inclusive meu pai, mas...:


INEXPLICAVELMENTE, eu gostava muito mais do jogo do SUPERMAN:




- INEXPLICAVELMENTE não sô... O Superman VOA...



- Tem razão, e acredite voar era legal mesmo, mas também o Superman dava para zerar e eu sabia zerar, tinha objetivo...



Agora, voltando... Descongela a parte do Tio Rico do Caveira, espero que não tenham esquecido, graças a ele, conhecemos um jogo espetacular do Atari, o SECRET QUEST:


Nem lembro quantas vezes joguei esse jogo e quantas imaginações tive com ele, a quantidade de monstros, os códigos, o personagem tinha espadinha, o jogo era demais...


- Demais não... O bicho não VOA...



- Releva que o jogo tem muitas outras qualidades...



E é por essas qualidades que vem a importância do Tio Rico do Caveira, por causa dele, e por causa desse jogo, descobri que meu Atari 2600 não era bem um Atari 2600 e sim mais um clone do Atari 2600 MESMO, assim como o DACTAR... Nesse ponto vocês sabem que meu orgulho de não ter um DACTAR foi ao chão né, mas era coisa de criança, terceira série, a gente classificava as coisas como sendo a pior o CCE, Conserta, Conserta e Estraga, e depois dela vinha a MILMAR, M-arca I-ncapaz L-ogicamente M-ilmar A-quela R-uim... Para ajudar a aumentar a zuação com a Milmar, naquela época o vaso sanitário da minha casa e de outro amigo, eram da marca Milmar, ae a gente se perguntava como que fabricante de privada podia fazer um videogame bom, coisa de criança... No final fiquei sem orgulho e triste...

Mas como o jogo ajudou a revelar essa tragédia? Para falar a verdade eu já desconfiava, apesar da caixa dizer Atari 2600... Vamos as evidências: Os controles do videogame eram PREGADOS a ele:




Isso no meu entendimento de criança já achava uma idéia muito IDIOTA, simplesmente não se podia trocar os controles do videogame, e os meus amigos com o DACTAR, inferior na minha concepção estavam em vantagem, pois podiam comprar controles novos e tudo mais, sem contar que as fotos de controles dos mais legais e coloridos possiveis saiam nas revistas da época para seduzir a gente, e por mais que eu quisesse não tinha jeito... Sobrei nessa, resultado, o controle do Player 1 estragou muito antes do Player 2, daí tive que abrir o videogame e trocar as placas e os fios dos dois... Depois o controle do Player 2 que agora era o Player 1 estragou também, resultado, abri o controle e jogava somente na placa dele, até estragar de vez.

O outro detalhe que me fez perceber que o videogame não era original, foi o fato dele ter um botão a menos... Acredito que seria aquele botão de COLOR/SWITCH para trocar entre preto e branco e colorido, eu achava que era porque as TVs já estavam mais modernizadas e não havia necessidade de ter aquele botão mais, ledo engano... No SECRET QUEST é exatamente o botão para acessar o MENU, usar PASSWORD e trocar de arma, tudo bem que naquela época nós nunca achamos a segunda ou terceira arma do jogo e nem sabíamos que tinha essa armas opcionais, mas na casa do Caveira que tinha um Atari importado, tinha o maldito botão e no videogame dele dava para acessar o menu do jogo e as passwords... Resultado, eu que achava que tinha "O ATARI 2600", a verdade é que tinha o mais zicado deles... Vejam nas fotos a diferença da entrada do controle e o botão a mais que tem no Atari 2600 MESMO:


De toda forma, mesmo vivendo AS ILUSÕES DE GRANDEZA, digo que foi um ótimo videogame, que me divertiu muito, não podia esperar a melhor escolha dos pais, já fizeram muito de comprar o videogame, também foi o único videogame que meu pai sentava para jogar com a gente. Sendo criança e videogames ainda não sendo um assunto tão em evidência não tinha problema em ter um clone com menos recursos que o original, traduzindo para hoje, o Nintendo DS é retrocompativel com os jogos de Game Boy Advance, já o Nintendo DSi não é, então não sou só eu que acho que tinha uma versão melhor de alguma coisa que na verdade fazia menos, e para fechar esse MEME, faltou mesmo só relatar que o meu Atari foi o maior guerreiro de todos, além do controle ter sido usado até na sua forma esqueletica, só parando de ser utilizado mesmo quando não respondia mais, o videogame sobreviveu a duas explosões elétricas, com efeito de raio e tudo mais, na primeira explosão a tomada ganhou uma super cicatriz, faltou pouco para derreter, incrivelmente o videogame continuou fucionando normalmente.

Por fim, espero que tenham gostado da leitura e que ela tenha sido proveitosa pelo menos para vocês conhecerem um pouco da minha história... Digam o acharam nos comentários, se gostaram, elogios, criticas, etc, fiquem com deus, coloquem mais ficha e até a próxima.



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Postado por Solo Player.